Casas são interditadas após deslizamento de terra em Arniqueira

Por Vítor Ventura

Na madrugada desta terça-feira (4), um deslizamento de terra ocasionado por fortes chuvas resultou na interdição de três casas nas proximidades da Chácara 140, no Setor Habitacional Arniqueira (SHA). A Defesa Civil foi acionada e os moradores das residências foram orientados a sair do local por questão de segurança.

A Administração Regional de Arniqueira informou ao Jornal de Brasília que as casas continuam interditadas e que a Defesa Civil segue avaliando a estabilidade da encosta para verificar se há risco de novos deslizamentos. Segundo a administração, das três residências interditadas, apenas os moradores da casa que sofreu danos estruturais retiraram seus pertences e se deslocaram para a casa de parentes.

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes) também acompanha o caso. Em nota ao JBr, a pasta informou que observa de perto a situação no local por meio da Unidade de Proteção Social 24h (UPS24h). De acordo com a secretaria, foi oferecido acolhimento às famílias, que não aceitaram, preferindo ir para as casas de familiares. Também foram ofertados colchões e cobertores, além da solicitação de cestas emergenciais e dos auxílios vulnerabilidade e calamidade às famílias.

A Defesa Civil esclareceu que realizará novas vistorias no local, ainda sem data definida, e que, caso seja confirmada a permanência de moradores nas casas interditadas, acionará novamente os órgãos responsáveis pelas ações sociais do Governo do Distrito Federal (GDF), para que adotem as medidas necessárias à locomoção desses moradores.

Riscos de deslizamentos

De acordo com Sabrina Góis, diretora-presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), os deslizamentos de terra, ou movimentos de massa, geralmente ocorrem quando há a combinação de fatores como chuvas intensas, encostas muito inclinadas e solos instáveis. A especialista ouvida pelo JBr destacou que esse cenário se agrava ainda mais com construções irregulares ou em áreas inadequadas.

“Imóveis em áreas de risco, como às margens de rios ou em encostas, estão mais propensos a inundações e deslizamentos, respectivamente. No entanto, mesmo as casas construídas em áreas regulares, podem estar expostas a riscos quando não seguem um planejamento adequado e critérios técnicos de segurança. Há, portanto, fatores naturais e antrópicos, ou seja, provocados pela ação humana, que podem provocar esse tipo de ocorrência”, explicou Sabrina.

Ela ressaltou a importância da Defesa Civil monitorar esse tipo de região frequentemente e também destacou os cuidados a serem tomados pela população. “Em caso de alerta de chuvas intensas, é necessário adotar medidas preventivas, como a retirada de moradores de locais de risco. A população também deve prestar atenção aos sinais de instabilidade nos imóveis, como: rachaduras ou trincas em paredes e no solo, árvores ou postes inclinados e sons de estalos. Esses indícios podem indicar risco de deslizamento e é fundamental acionar imediatamente a Defesa Civil”, alertou Sabrina.

Segundo ela, o SGB realiza estudos em todo o país justamente para apoiar os municípios na prevenção desses desastres. “No DF, por exemplo, entregamos em 2022 a Setorização de Áreas de Risco Geológico, um trabalho que ajuda o poder público a identificar e monitorar as áreas de risco”, completou.

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