Exposição traz releitura de tradição de pintura japonesa a partir do vigor do Cerrado 

Exposição traz releitura de tradição de pintura japonesa a partir do vigor do Cerrado 

Projeto “Recortes do Cerrado – Ezechias Heringer” inclui uma série de atividades, como exposição artística, oficinas e palestras 

A Câmara Legislativa do Distrito Federal inaugura nesta sexta-feira (12) a exposição “Recortes do Cerrado”, com obras que promovem o diálogo da arte Sumi-e (técnica de pintura japonesa) com a vitalidade do Cerrado brasileiro. Marcada para as 19h, no Espaço Cultural Athos Bulcão (foyer do plenário), a abertura da mostra vai contar com a presença do artista e embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi; das artistas Hiromi Takano e Mikhaela Kawahara, e de representantes do Conselho Curador de Cultura da CLDF, da Secretaria de Meio Ambiente, da Universidade de Brasília, entre outros apoiadores da iniciativa.

As obras que integram a exposição fazem uma releitura simbólica da tradição do Sumi-e para retratar a vitalidade do Cerrado, o segundo maior bioma do Brasil. Se no Japão as figuras retratadas são a orquídea, o bambu, o crisântemo e a ameixeira; aqui foram escolhidas quatro espécies nativas: a colestenia, o taquari, a caliandra e a cagaiteira.

 

Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF 

 

Os princípios do Sumi-e estão mantidos, no entanto, em todas as obras, marcadas por uma economia de traços, pinceladas contínuas, valorização de vazios e ênfase na essência mais do que na reprodução realista.

O Sumi-e tem como base a pintura monocromática chinesa, introduzida no Japão por monges zen. Desenvolvida a partir do século XIV, essa técnica reflete princípios do zen-budismo, taoísmo e xintoísmo, convidando tanto o praticante quanto o observador à prática contemplativa.

Realizada pelo Instituto Sumi-e Brasil com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), a exposição “Recortes do Cerrado” vai seguir em cartaz na Câmara Legislativa até o dia 26 de setembro. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

 

Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF 

Arte, educação e sustentabilidade

Além dessa exposição, o projeto “Recortes do Cerrado – Ezechias Heringer” envolve o lançamento de livro sobre a mostra, o que acontece também nesta noite; palestras; vivências em parques ecológicos; oficinas em escolas, entre outras ações.

Sob a coordenação da artista Hiromi Takano, do Instituto Sumi-e Brasil, a iniciativa vai ocorrer em etapas até setembro de 2026, unindo arte, educação e sustentabilidade em homenagem ao engenheiro agrônomo, botânico e ambientalista Ezechias Paulo Heringer (1905-1987), pioneiro da conservação do Cerrado.

Palestras

No mês em que se comemora o Dia Nacional do Cerrado (11/9), a Câmara Legislativa do Distrito Federal, uma das apoiadoras do projeto, vai sediar, além da exposição, uma série de palestras sobre o assunto, com a participação de representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), do Correio Braziliense, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), entre outras instituições. Os debates acontecem entre os dias 15 e 25 de setembro, das 19h às 20h, na sala das comissões.

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