Nesta sexta-feira (17), mais de 15 mil litros de bebidas irregulares foram entregues pela Vigilância Sanitária ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU), no Aterro Sanitário de Brasília, para descarte adequado. Os produtos foram apreendidos durante fiscalizações intensificadas desde o início do mês, motivadas por suspeitas de intoxicação por metanol na capital federal.
Entre janeiro e setembro de 2025, a Secretaria de Saúde (SES-DF) participou de mais de 3,7 mil fiscalizações, que resultaram em 194 autuações de estabelecimentos e na apreensão de mais de 23 mil litros de bebidas irregulares, sem identificação do produtor, número de registro ou lote de fabricação.
“Após a entrega, o SLU assume suas atribuições, determinando a destinação adequada para cada caso, com o apoio necessário para a eliminação desses produtos irregulares”, explicou o auditor de atividades urbanas da Vigilância Sanitária, Allex Moraes.
Na próxima semana, a Vigilância Sanitária dará início à terceira etapa das ações, mantendo operações integradas em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). As equipes continuarão atendendo às denúncias recebidas pelo Participa-DF e outros órgãos de controle.
Também será iniciado o monitoramento das bebidas regulares, com coletas em distribuidoras e supermercados para verificar a concentração de metanol nos produtos. A iniciativa faz parte do Programa de Vigilância Sanitária (PVS), em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF), que realiza a análise das amostras coletadas no setor produtivo regulamentado.
Além disso, será distribuída uma cartilha de orientação à população, com informações sobre como adquirir bebidas alcoólicas de forma segura. “O objetivo é ampliar a proteção da saúde pública, garantindo que o consumidor tenha acesso apenas a produtos seguros e de origem comprovada”, afirmou a diretora da Vigilância Sanitária, Márcia Olivé.
A venda de bebidas sem procedência é infração sanitária e pode gerar processo administrativo, autuação do estabelecimento e multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. Em casos de fraude, o responsável também pode responder a processos nas esferas civil e criminal.
Com informações da Secretaria de Saúde do DF