Câmara Legislativa presta homenagem às mulheres advogadas do DF

A manhã desta sexta-feira (12) na Câmara Legislativa foi de homenagem às mulheres advogadas que atuam no Distrito Federal por ocasião do Dia da Mulher Advogada, que é comemorado em 15 de dezembro. Para celebrar a data, a deputada Jaqueline Silva (MDB) realizou sessão solene no auditório da Casa, com a presença das homenageadas. 

“Hoje esta Casa reconhece a atuação de todas as advogadas de Brasília. Enquanto eu aqui estiver como deputada, quero ser a voz de todas essas profissionais. Quando fortalecemos a atuação de nossas mulheres advogadas, todas nós saímos fortalecidas”, afirmou a deputada na abertura da solenidade. 

A solenidade contou também com a presença da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, que prestigiou o evento e discursou em defesa da advocacia feminina. “Eu também sou advogada. Busquei o curso de direito para melhor representar a população do Distrito Federal. É importante que as advogadas militem e cobrem mais mulheres nos tribunais superiores. É importante porque o nosso olhar é diferente. É importante que essas mulheres que estão aqui hoje possam ser o que querem ser, advogadas respeitadas e atuantes”, destacou a vice-governadora.

 

Foto: Ângelo Pignaton/Agência CLDF

A ex-presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros, discorreu sobre sua atuação na entidade e cobrou mais oportunidades para as mulheres advogadas. “Agradeço a todas as mulheres advogadas que lutaram e ergueram a bandeira do respeito, da cordialidade, do companheirismo e da sororidade. Tive a honra indescritível de ser a primeira mulher a presidir a OAB-DF. Na época eu tinha 31 anos de idade. Mas já se passaram 65 anos de história da OAB-DF e até hoje somente uma mulher presidiu a instituição”, observou. 

Para a diretora da Mulher da OAB-DF, Nildete Santana, é preciso lutar por mais participação política das mulheres. “As mulheres sofrem preconceitos e discriminações quando recebem menos que os homens. Precisamos de garantias de cadeiras no parlamento para as mulheres defenderem a nossa pauta. A Constituição de 1988 garantiu o direito à creche e tantos outros porque havia uma bancada do batom no Congresso Nacional, formada por 20 e poucas mulheres. Continuamos precisando de mulheres nos espaços de poder”, afirmou. 

O presidente da OAB-DF, Paulo Maurício, adiantou que a instituição vai atuar para garantir a participação política das mulheres nas próximas eleições. “Hoje as mulheres são apenas um sexto dos parlamentares desta Casa. Precisamos de paridade também no parlamento. Não pode mais haver violência política pelos partidos e nem candidaturas falsas de mulheres. Queremos que as mulheres possam concorrer nas próximas eleições com igualdade de forças. Teremos um observatório na OAB-DF para garantir que isso ocorra e quero que cobrem isso de nós”, garantiu. 

Sthefany Vilar, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-DF, ressaltou o papel da mulher advogada na construção de uma sociedade mais igualitária. “Hoje somos mais de 24 mil advogadas, mas ainda precisamos ecoar nossa voz para muitas outras mulheres. Quando uma advogada ergue a voz, a justiça se torna mais justa. Quando uma advogada transforma sua dor em pauta e seu trabalho em serviço, toda a sociedade avança”, destacou. 

A sensibilidade das mulheres foi destacada pela presidente do Instituto dos Advogados do DF, Jaqueline Domenico. “Quando uma mulher ocupa um espaço de poder, todas avançam junto. Nossa sensibilidade, que por muito tempo foi vista como fragilidade, é na verdade uma ferramenta poderosa para construir pontes e atuar de forma mais humana”, destacou Jaqueline. 

A presidente da Caixa de Assistência da OAB-DF, Lenda Tariana, lamentou o número de casos de violência contra mulheres advogadas. “Eu choro muito ao perceber que o maior auxílio concedido em 2025 é o auxílio à advogada vítima de violência doméstica. Somos agredidas por aqueles que disseram um dia nos amar. Os passos que nós damos são invisíveis, mas as transformações que fazemos no mundo são visíveis e necessárias”, afirmou. 

A vice-presidente da OAB-DF, Roberta Queiroz, ressaltou a necessidade de mais empenho no combate à violência contra a mulher. “Temos que trabalhar ainda mais para coibir e acabar a violência contra a mulher. Devemos refletir sobre nosso papel e a construção nos locais onde atuamos. Precisamos continuar lutando unidas em nosso propósito”, convocou. 

Representando a Defensoria Pública do DF, a promotora Rafaela Mitre refletiu sobre o papel da mulher advogada na garantia de direitos. “É necessário refletir sobre um sistema de justiça que desrespeita as prerrogativas das mulheres advogadas. Muito antes de ser uma carreira, o espaço da advogada era um espaço de luta. O direito foi utilizado para perpetuar desigualdades. Cerca de 80% das mulheres advogadas relatam já terem sofrido algum tipo de violência nos processos. A defensoria está aqui para fazer valer o direito das mulheres”, disse a promotora. Ao final da solenidade, foram entregues certificados de reconhecimento às advogadas que se destacaram no fortalecimento da advocacia feminina no Distrito Federal. 

 

 

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