Representando o Distrito Federal, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) participará da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será sediada em Belém (PA). O evento, de grande relevância para o debate climático global, destaca o papel do Brasil e a importância de biomas como a Amazônia e o Cerrado na preservação ambiental. A presença da Sema reforça o engajamento do DF em ações de sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas.
A delegação do Distrito Federal será composta por técnicos e gestores da pasta, com o objetivo de fortalecer as políticas públicas ambientais e garantir o alinhamento dos programas distritais às metas globais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Entre as iniciativas que terão destaque na conferência estão o Plano Carbono Neutro do DF, o Plano de Adaptação às Mudanças do Clima, o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF).
Para a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, o compromisso da capital federal com a agenda ambiental já é reconhecido nacionalmente. “O Distrito Federal tem demonstrado que sustentabilidade não é apenas discurso, é ação concreta. A COP 30 será uma oportunidade de mostrar ao mundo o que estamos fazendo em defesa do Cerrado e da qualidade de vida da nossa população”, afirmou.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, a participação na COP 30 é fundamental para integrar os planos e programas locais às diretrizes globais de enfrentamento à crise climática. Segundo ele, a modernização da gestão ambiental, com uso de tecnologias e estratégias de reflorestamento e prevenção de desastres, precisa estar alinhada às decisões que nortearão as políticas públicas no país e nos estados. “Nosso objetivo é apresentar o Distrito Federal como um motor de sustentabilidade urbana e garantir que o Cerrado, o coração do Brasil, se apresente ao mundo como um símbolo de resiliência, biodiversidade e esperança”, afirmou.
Segundo o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, a conferência é uma oportunidade estratégica de ampliar o reconhecimento do Cerrado como bioma vital para o país. “Temos no Distrito Federal o berço das águas, o segundo maior bioma do país. Precisamos demonstrar ao mundo que o Brasil vai para além da Amazônia, e que nossos projetos e iniciativas são importantes para a continuidade das gerações”, afirmou. Segundo ele, para além de discutir o cuidado com o meio ambiente como um todo, a COP 30 é um espaço essencial para evidenciar a potência do Cerrado como produtor de água e protagonista da sustentabilidade nacional.
O DF também marcará presença com o painel “Gestão territorial, sociobiodiversidade e economia verde: experiências do Distrito Federal no enfrentamento às mudanças climáticas”, que será realizado no dia 11 de novembro, das 11h às 13h, na Casa da Biodiversidade e Clima, espaço promovido pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). A programação será moderada por Renato Santana, subsecretário de Gestão Ambiental e do Território da Sema-DF, e contará com apresentações que evidenciam soluções locais adotadas na capital do país.
Programação do painel:
11h15: Painel 1 — O secretário Gutemberg Gomes apresenta a modernização da gestão ambiental e as estratégias de prevenção e reflorestamento no DF.
11h30: Painel 2 — Rogério Silva (Sema-DF) aborda o uso e ocupação do solo como instrumento para reduzir vulnerabilidades climáticas e promover cidades mais resilientes.
11h45: Painel 3 — Glauco Amorim (Sema-DF) fala sobre o papel do poder público na dinamização das cadeias da sociobiodiversidade e no fortalecimento da economia circular e inclusiva.
12h00: Painel 4 — Dahiana Ribeiro (Instituto Arapoti) apresenta o projeto Ecograna, que transforma resíduos recicláveis em créditos verdes, incentivando a educação ambiental e financeira.
12h15: Painel 5 — Marcos Antônio Trajano Ferreira (SES/DF) detalha o projeto dos Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos.
12h30: Painel 6 — Rôney Nemer (Brasília Ambiental) destaca a importância das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) como instrumento de conservação e engajamento do setor privado.
Cooperação e projeção global
A participação da Sema-DF reforça a importância da articulação com organismos internacionais, agências de fomento, governos e organizações da sociedade civil. O objetivo é consolidar parcerias para captação de recursos, transferência de tecnologias limpas e execução de projetos sustentáveis nas áreas de energia renovável, gestão hídrica e agricultura de baixo carbono.
A secretaria também levará à COP 30 resultados de projetos como o Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), a usina pública de energia fotovoltaica, o Programa Parque Educador e o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Digital (PGRS), que refletem o compromisso do DF com práticas sustentáveis e eficientes.
A Sema-DF reconhece que o protagonismo ambiental da capital do país é fruto da competência técnica e do comprometimento de seus servidores. A presença na COP 30 reafirma o papel do DF como referência nacional em políticas públicas eficazes para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Com informações da Agência Brasília