O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), participa do V Congresso Brasileiro de Saúde Pública (Conbrasp) apresentando estudos voltados à humanização e à inovação na assistência hospitalar. O evento, realizado em formato virtual até esta quinta-feira (6), reúne especialistas e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) para debater desafios e avanços do setor.
Entre os trabalhos apresentados, o estudo “Implantação de uma linha de cuidados em fisioterapia obstétrica em hospital público de referência no Distrito Federal: relato de experiência” recebeu destaque por propor práticas que fortalecem a segurança e o protagonismo das gestantes. Segundo a fisioterapeuta Giovanna Cassaro, coautora da pesquisa, o projeto reflete o empenho coletivo da equipe multiprofissional.
“Trabalhamos para oferecer conforto e humanização às gestantes, respeitando o corpo e o protagonismo da mulher em todas as fases, do pré-parto ao pós-parto”, afirmou.
Ela destacou que a abordagem fisioterapêutica centrada na mulher contribui para resultados mais positivos: “Há menos necessidade de intervenções, redução de lacerações e maior autonomia da parturiente. É gratificante ver esse empoderamento acontecer no nosso dia a dia”.
Outros estudos do HRSM também foram apresentados, incluindo uma linha de cuidados para pacientes com dor crônica e a implantação do primeiro fluxo digital de assistência e faturamento nutricional do SUS. A chefe do Serviço de Psicologia do HRSM, Paola Bello, explicou que o projeto de dor crônica é interdisciplinar, envolvendo profissionais de psicologia, enfermagem, fisioterapia, nutrição, farmácia, serviço social e terapia ocupacional.
“A dor crônica exige aprendizado e estratégias de enfrentamento. Desenvolvemos um cuidado voltado à psicoeducação, à promoção da autonomia e ao manejo da dor — inclusive com métodos não farmacológicos”, disse.
Já a nutricionista Patrícia dos Santos, chefe do Serviço de Nutrição Dietética do IgesDF, ressaltou que a digitalização trouxe mais eficiência e transparência ao processo.
“Hoje conseguimos rastrear quem solicitou, quem prescreveu e em quanto tempo o atendimento foi realizado, garantindo mais agilidade e qualidade no cuidado ao paciente.”
Para a gerente multiprofissional do HRSM, Luciana Gomes, a participação no congresso reforça o papel do hospital na construção de uma saúde pública mais eficiente e humanizada.
“Cada vez que levamos nossos projetos a eventos como o Conbrasp, fortalecemos nossa credibilidade e inspiramos outras instituições públicas e privadas”, afirmou.
O congresso, que conta com palestras, minicursos e apresentações científicas, busca integrar ensino, pesquisa e extensão para fortalecer o SUS e ampliar a troca de experiências entre profissionais da área.
Com informações do IgesDF
