A saída da Hungria do Tribunal Penal Internacional (TPI) é uma decisão “ousada e baseada em princípios”, declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta quinta-feira (3) durante uma visita a Budapeste.
Netanyahu fez a viagem à Hungria desafiando um mandado de prisão do TPI contra ele por alegações de crimes de guerra em Gaza.
Israel rejeitou as acusações, que diz serem motivadas politicamente e alimentadas pelo antissemitismo. Ele afirma que o Tribunal perdeu toda a legitimidade ao emitir mandados contra um líder democraticamente eleito de um país que exerce o direito de autodefesa.
Netanyahu agradeceu ao primeiro-ministro húngaro, Victor Orbán, em uma coletiva de imprensa conjunta após a reunião bilateral.
A Hungria decidiu deixar o TPI “porque ele se tornou político, como mostraram suas decisões sobre a emissão de um mandado de prisão do TPI contra Netanyahu”, afirmou Orban em declaração à imprensa.
O premiê israelense tem desfrutado de forte apoio ao longo dos anos de Orbán, da Hungria, um importante aliado que esteve pronto para bloquear declarações da União Europeia ou ações críticas de Israel no passado.
