No Parque da Cidade, um aulão gratuito de yoga e hitbox celebrou o Outubro Rosa 

Na segunda-feira, 27 de outubro, a Academia Pública do Parque da Cidade Sarah Kubitschek ganhou tons de rosa em uma tarde dedicada ao bem-estar e à conscientização sobre o autocuidado. O sol se punha sobre o Estacionamento 13 enquanto dezenas de pessoas se acomodavam na grama, ajeitando os tapetinhos de yoga. Entre o som dos tênis, das garrafas d’água e das risadas que se espalhavam pelo ar, teve início o aulão gratuito de yoga e hitbox — atividade que combinou respiração, movimento e propósito para marcar o Outubro Rosa.

Reaberta em junho de 2024, a academia faz parte de uma parceria do Governo do Distrito Federal (GDF) com o Laboratório Exame e a empresa Mude. Desde então, o local passou a oferecer acesso gratuito a atividades físicas, fortalecendo a relação entre exercício, saúde e convivência ao ar livre. O aulão desta segunda 27, foi promovido pela academia Evolve, uma das patrocinadoras do espaço. 

A proposta da ação, explica Fernando Barcellar, 29 anos, professor de educação da Mude, é democratizar o acesso a práticas de bem-estar. “Aqui a gente consegue dar oportunidade a quem não teria condições de pagar por uma academia. É totalmente gratuito, mas com estrutura, acompanhamento e treino orientado”, contou ele, observando o grupo que se alongava diante do pôr do sol.

fernando barcellar, 29 anos, professor de educação da mude créditos daniel xavier jornal de brasília
fernando barcellar, 29 anos, professor de educação da mude créditos daniel xavier jornal de brasília

A Mude nasceu no Rio de Janeiro com a ideia de ocupar espaços públicos com atividades físicas guiadas por instrutores. Em Brasília, fincou base no Parque da Cidade há pouco mais de um ano. O local tem equipamentos novos, manutenção constante e uma programação de aulas que vai de yoga a treino funcional. 

No gramado, os alunos ouviam atentamente as instruções. Quando a professora pediu para “inspirar e soltar devagar”, o barulho da cidade pareceu recuar por alguns segundos. “Aqui é diferente de uma academia tradicional. As pessoas se conhecem, criam laços. Tem um sentimento de comunidade mesmo”, disse o instrutor. “Já vi aluno trazer bolo pra comemorar aniversário depois da aula. É um ambiente leve, que faz bem não só pro corpo, mas pra cabeça.”

aulão gratuito de yoga e hitbox no parque da cidade créditos daniel xavier jornal de brasília (4)
aulão gratuito de yoga e hitbox no parque da cidade créditos daniel xavier jornal de brasília (4)

Entre os participantes estava Letícia Lioto, advogada de 42 anos, moradora do Sudoeste. Ela decidiu voltar à yoga depois de um tempo afastada. “Pratiquei muitos anos, mas parei. Voltei agora porque o estresse do trabalho me cobrou isso. A yoga me traz equilíbrio, melhora a respiração e me lembra que a vida não é só correr atrás de prazo”, contou.

letícia lioto, advogada de 42 anos (cabelos soltos) e a filha beatriz lioto, 25 anos, médica créditos daniel xavier jornal de brasília
letícia lioto, advogada de 42 anos (cabelos soltos) e a filha beatriz lioto, 25 anos, médica créditos daniel xavier jornal de brasília

Ao lado dela, a filha, Beatriz Lioto, 25 anos, médica, acompanhava a mãe pela primeira vez em uma aula de yoga. Observava cada movimento com atenção e tentava reproduzir as posturas. “Na verdade, eu não pratico yoga”, contou, entre risos. “Mas minha mãe me convidou e eu quis vir. A gente passa um tempo juntas, e é divertido.” Letícia sorriu e a mãe completou: “Não terceirize a sua saúde. Só a gente pode cuidar da nossa própria vida.”

Mudança de ritmo 

Depois da yoga, a música ganhou ritmo. Entrou em cena o hitbox, aula que mistura movimentos de luta, dança e exercícios de alta intensidade. O contraste entre a leveza da meditação e a energia da batida pop marcou o encerramento da tarde. “É a primeira ação do Outubro Rosa que a gente faz com a Evolve”, explicou Fernando. “Antes, tivemos uma com a Exame, também gratuita, com massagem e sorteios. Foi um sucesso. A ideia é continuar fazendo eventos temáticos o ano inteiro.”

O professor acredita que as atividades no parque atraem perfis diversos. “Vem de tudo: gente jovem, idosos, pessoas que estão começando agora, outras que já treinam há anos. E todo mundo se mistura. Aqui a gente tem um limite de 20 pessoas por turma, o que deixa as aulas mais íntimas, mais próximas.”

A Mude, diz ele, tenta resgatar algo que se perdeu na correria da cidade, o exercício como parte da convivência, e não apenas do desempenho físico. “É diferente você treinar com o barulho dos passarinhos, sentir o vento, estar ao ar livre. Tem gente que chega aqui cansada e sai outra pessoa.” Quando o sol desapareceu por completo, os participantes começaram a enrolar os tapetinhos. Alguns ficaram para o hitbox; outros aproveitaram o clima e estenderam o papo no gramado.

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