Nova etapa do curso Ressignificar reforça importância do combate à violência de gênero

Um grupo de 130 servidores da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) deu início, nesta terça-feira (11), a mais uma fase presencial do curso Ressignificar: Proteção Integral às Mulheres. A formação, criada pelo Decreto nº 45.404/2024, busca aperfeiçoar a atuação dos profissionais no enfrentamento à violência de gênero. A iniciativa é coordenada pela SSP-DF, em parceria com as secretarias da Mulher (SMDF), Saúde (SES), Justiça e Cidadania (Sejus) e Administração Penitenciária (Seape).

A capacitação, que soma 15 horas/aula presenciais, aprofunda temas como saúde mental dos servidores, sistemática de atendimento às vítimas de violência e difusão dos protocolos de atendimento. O curso é parte integrante de uma estratégia ampla da SSP-DF para fortalecer a rede de proteção às mulheres e aprimorar a atuação dos profissionais da área.

“O enfrentamento à violência doméstica é uma pauta prioritária para a segurança pública e para o Governo do Distrito Federal. A criação deste curso envolve diversos órgãos e é uma ação concreta de integração. O objetivo é que todos os servidores sejam capacitados para atender de forma ainda mais qualificada as vítimas de violência”, destaca o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar.

O secretário-executivo Institucional e de Políticas de Segurança Pública, Paulo André Monteiro, reforçou que o Ressignificar é uma política permanente de formação e sensibilização. “A capacitação dos servidores públicos, especialmente os da segurança pública, por meio do programa Ressignificar, é fundamental não apenas como um exercício de autorreflexão, mas também para o fortalecimento da rede de proteção às vítimas de violência doméstica. Profissionais mais preparados atuam com maior sensibilidade e eficácia no atendimento e acolhimento das vítimas e, sobretudo, na responsabilização dos agressores”, disse. 

Formação prática

Nesta nova fase, os servidores vivenciam situações práticas e reflexões sobre o cotidiano do atendimento. “Preparamos uma grade e um formato em que seja possível proporcionar vivências aos participantes, colocando situações reais e promovendo o debate sobre o tema”, explicou a subsecretária de Prevenção à Criminalidade da SSP-DF, Regilene Siqueira.

O curso é obrigatório para servidores da segurança pública, do sistema socioeducativo e do sistema penitenciário. Ele é dividido em duas etapas — uma on-line (EAD), com inscrições abertas de forma contínua em parceria com a Escola de Governo (Egov), e outra presencial, conduzida pelas corporações. Até o momento, 5.492 alunos já concluíram a primeira fase.

Transformação

Durante o curso, palestrantes e participantes destacaram a importância da formação como instrumento de mudança cultural dentro das instituições. “A prevenção à violência de gênero começa com a escuta e o reconhecimento das desigualdades que a sustentam. Quando formamos servidores para compreender o impacto da violência na vida das mulheres, estamos transformando não apenas práticas institucionais, mas também mentalidades dentro das corporações”, ressaltou Henrique Neuto Tavares, palestrante do Ressignificar.

A palestrante e servidora da SSP-DF, Marina Fernandes, falou da importância do acolhimento nos casos de violência de gênero. “O enfrentamento à violência de gênero exige sensibilidade e técnica. Capacitar os profissionais da segurança pública é garantir que cada atendimento seja também um ato de acolhimento, empatia e compromisso com os direitos humanos”, destacou.

Para os participantes, o curso tem promovido uma verdadeira mudança de olhar. “O Curso Ressignificar foi uma experiência transformadora. Pude ampliar meu entendimento sobre a violência contra a mulher, suas causas e impactos. As aulas sobre comunicação não violenta e atendimento humanizado foram especialmente valiosas, pois reforçam a necessidade de um olhar mais empático e acolhedor”, relata Breno Forte, servidor da SSP-DF.

Já a assessora da Secretaria Executiva Institucional e de Políticas de Segurança Pública, Madhara Madeira, ressalta a importância das vivências práticas. “Por mais que conheçamos o tema, é fundamental manter-se sempre atualizado. O conteúdo é claro, objetivo e enriquecido com exemplos práticos, o que torna o aprendizado mais dinâmico e aplicável no dia a dia”.

Com informações da Agência Brasília

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