Ostomia é debatida entre profissionais, estudantes e usuários da rede de saúde do DF

A II Jornada Científica em Atenção às Pessoas com Ostomia e Incontinência (Jcapoi) encerrou novembro com dois dias de debates e troca de experiências envolvendo profissionais da saúde, especialmente da enfermagem, além de estudantes, cuidadores e pessoas que convivem com ostomias. O encontro, realizado na quarta (26) e na quinta-feira (27), reuniu quem atua diretamente no cuidado e quem vivencia o processo, criando um espaço de atualização e acolhimento para fortalecer a assistência prestada no Distrito Federal.

O evento foi organizado pela Associação dos Ostomizados do Distrito Federal (AOSDF) e pela Associação Nacional Movimento Ostomizados do Brasil (MOBR), em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Com o tema “Avançando no Cuidado: Ciência, Tecnologia e Humanização”, esta edição reforçou o compromisso da pasta com a formação continuada, a inovação em cuidados, a inclusão social e a defesa dos direitos das pessoas com deficiência (PcD).

Ostomia

A ostomia (ou estomia) é a abertura de um órgão ou víscera oca que permite sua comunicação com o meio externo, feita por meio de um procedimento cirúrgico no sistema respiratório, digestivo ou urinário. O objetivo é possibilitar a passagem de ar e alimentos ou a eliminação de urina, gases e fezes, conforme o órgão ligado ao estoma (orifício artificial).

Diversas condições de saúde podem exigir a realização da cirurgia, como doença inflamatória intestinal, colite isquêmica, malformações congênitas, traumas por material perfurocortante e alguns tipos de câncer.

“Novembro Verde é o mês de conscientização da ostomia. Nesse contexto, propomos com a jornada, além da melhoria do padrão de cuidados, valorização, visibilidade e quebra dos paradigmas de exclusão das pessoas ostomizadas no Brasil”, ressalta a presidente da AOSDF e coordenadora nacional do MOBR, Ana Paula Batista.

Conforme explica a gestora, existem vários tipos de estomia: colostomia (conexão do intestino grosso — o cólon — com o exterior), gastrostomia (estômago), ileostomia (do intestino delgado — o íleo) e traqueostomia (traqueia), entre outras. “No DF, atendidos pelo SUS [Sistema Único de Saúde], temos uma estimativa de 2,3 mil pacientes com ostomia de eliminação”, revela Batista.

Ana Paula Batista, presidente da AOSDF: “Estimativas apontam que há 2,3 mil pessoas com ostomia de eliminação no DF”

Rede distrital

A Referência Técnica Distrital (RTD) de Enfermagem em Estomaterapia da SES-DF, Sabrine Mendonça, lembra que a pasta conta com 13 ambulatórios destinados a pessoas com estomia de eliminação. “As equipes de enfermagem estão preparadas para atender os pacientes de forma humanizada e com aperfeiçoamento técnico-científico constante”, assegura.

Trata-se de um serviço de porta aberta, disponível à população nos horários de funcionamento de cada ambulatório. O gerente de Serviços de Enfermagem na Atenção Primária e Secundária (Genfaps) da SES-DF, Ávallus Araújo, destaca que todas as regiões de saúde do DF contam com ao menos um ambulatório para pacientes ostomizados. “Algumas dessas regiões têm até duas unidades. Nesses polos, os enfermeiros, com profissionalismo e ciência, estão sempre disponíveis para prestar assistência a esse público específico”, diz.

Com informações da Agência Brasília

Fonte Original

Matéria Anterior

CLDF publica diretrizes da Revista Parlamento e Cidadania e de premio para artigos científicos

Próxima Matéria

GDF marca presença no 1º Prêmio Internacional da Consciência Ambiental e Invisibilidade

Escreva seu comentário

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine nossa newsletter

Receba no seu e-mail as notícias mais relevantes do dia, rápido, fácil e gratuito.
Inscreva - Se

Não enviamos spam ✨Ao se inscrever em nossa newsletter você concorda com nossa política de privacidade.
Total
0
Share