Três pessoas foram presas e duas seguem foragidas, suspeitas de integrar uma organização criminosa especializada em fraudes milionárias no comércio de soja e milho no Distrito Federal.
De acordo com as investigações da 31ª Delegacia de Polícia de Planaltina, os criminosos simulavam negociações de compra de grãos, recebiam os produtos e não efetuavam o pagamento. A quadrilha atuava com alta coordenação e divisão de tarefas bem definida, o que dificultava a identificação imediata das fraudes.
O grupo era composto por pelo menos cinco integrantes, com funções específicas:
- “Corretor” (31 anos): utilizava sua posição de confiança no mercado para fechar acordos com produtores, sem a intenção de pagar.
- “Operador” (35 anos): recrutava “laranjas” e criava empresas em nome de terceiros para dar aparência de legalidade às transações.
- “Laranja” (39 anos): emprestava documentos e contas bancárias para movimentar o dinheiro obtido com os golpes.
- “Articulador financeiro” (26 anos): responsável por lavar o dinheiro e administrar empresas de fachada.
- “Empresário de fachada” (67 anos): usava sua reputação no setor agrícola para atrair novas vítimas e conferir credibilidade ao grupo.
Todos os envolvidos foram indiciados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A PCDF informou que Rafael Pereira dos Santos e Leonardo Marcellus Gomes da Silva continuam foragidos. Informações sobre o paradeiro dos suspeitos podem ser repassadas ao número 197, da Polícia Civil do Distrito Federal.