Pessoas com 60 anos ou mais representam 20% da força de trabalho do DF

Por Larissa Barros

O Distrito Federal acompanha a tendência nacional de envelhecimento da população, e esse cenário já influencia diretamente a dinâmica do mercado de trabalho da cidade. Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED-DF), produzida pelo IPEDF em parceria com o Dieese, indicam que, no biênio 2023-2024, as pessoas com 60 anos ou mais passaram a representar pouco mais de 20% da população em idade ativa, cerca de 523 mil moradores.

Entre essa estatística, aproximadamente 105 mil idosos permanecem economicamente ativos, o equivalente a um em cada cinco integrantes dessa faixa etária. A participação desse grupo na força de trabalho subiu de 19,1% no biênio anterior para 20%. O avanço se torna ainda mais evidente diante de uma perspectiva histórica: em 1993, os idosos eram apenas 2% dos trabalhadores do DF; hoje já somam 6,2%.

A maior parte desses profissionais está concentrada no setor de serviços, responsável por 69% das ocupações de pessoas idosas. Depois vêm o comércio e reparação (16,2%) e a construção civil (6,2%). Entre 2022 e 2024, o número de idosos empregados cresceu 9%, impulsionado principalmente pela expansão de vagas no comércio (23,1%) e nos serviços (8,1%).

Quando se observa o tipo de vínculo, 47,6% dos idosos ocupados são assalariados, 22,8% no setor público e 24,8% no setor privado, onde 20,7% têm carteira assinada. Outros 29,9% atuam como autônomos, enquanto 8% trabalham como empregados domésticos, 7,8% são empregadores e 6,6% ocupam outras posições.

O estudo também mostra que sete em cada dez idosos que trabalham são os principais responsáveis por manter financeiramente suas casas. Apesar de as mulheres representarem 60,2% da população idosa no DF, os homens ainda são maioria entre os economicamente ativos, com 57,4%. Já entre os inativos, grupo formado por cerca de 418 mil pessoas, prevalecem aqueles que não trabalham por serem aposentados (69,9%). Outros 13,8% se dedicam exclusivamente aos afazeres domésticos e 15,5% desempenham atividades não remuneradas.

A jornada semanal média dos idosos ocupados é de 39 horas. O rendimento mensal desse grupo ficou em R$5.778 no último biênio. Entre os que não trabalham, o valor médio das aposentadorias chega a R$5.476, enquanto as pensões registram média de R$3.819.

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